9 de nov. de 2010

outro momento.

queria escrever, mas pra quê? pra quem?

ponha os copos juntos. é hora de brindar algumas outras lágrimas.

odeio a noite.
odeio a chuva.
odeio a noite de chuva.

o cabelo escorre.
a água do céu se mistura com a água do olho.

e eu grito.
eu grito.
grito.

e ando. e passo. e repasso.

fecho os olhos devagar. sem mover a cabeça. e sinto a pálpebra encostar. e sinto o sono chegar. e sinto a cabeça esvaziar.

ela nunca mais vai ter que pensar.

e é assim que ela vai ser.

e é assim que eu vou ser.

vazio.

vacio.

fácil.

tchau,

...

3 comentários:

Anônimo disse...

vazio...

Juliana Cimeno disse...

É como dizem: a ignorância é uma benção.

Gostei muito do texto. Me lembrou Ana Cristina César. Deu saudade de escrever.


Valeu!

Bee disse...

sentir o vazio tomar conta de você é quase tão ruim quanto sentir o turbilhão de coisas do dia a dia.
acho que ninguém tem solução pra essas coisas, mas sobre a frase "queria escrever, mas pra quê? pra quem?", eu tenho: escreva pro blog, porque eu vou estar sempre lendo, me identificando e adorando cada vez mais.