9 de jul. de 2009

Quando se ama, não se humilha e nem se compete

Muita gente me fala sobre o que lêem por aqui. Incrivelmente, sem eu saber, eu descobri que a audiência desse blog é grande. Se ninguém nunca percebeu, o nome desse blog é totalmente pornográfico. Cinq Contre Un. Cinco Contra Um. Ou seja, bater uma punheta. Sim, esse é a boa e literal tradução. Mas como pode um blog que tem o nome pornô virar um blog de amor? É isso o que você me pergunta. É isso que eu quero aprender a responder.

A vida, ultimamente, tem sido de aprendizado intenso. É aprender economia, aprender matemática, aprender sociologia, aprender psicologia. A cada passo que dou, tenho que aprender alguma coisa. Existe aquele lance do mito da caverna, que fala de homens que nasceram em cavernas e por lá ficaram. Essa caverna separava o mundo externo do mundo desses homens, que ficavam acorrentados de costas para a entrada da caverna, por onde passava um feixe de luz que, no fundo da caverna, refletia sombras de outros seres. Para os prisoneiros, essas sombras são a realidade, são como eles são. Um dia, um homem sai da caverna e descobre o mundo de fora. Voltando à mim, parece que eu sai da caverna. Pelo menos, essa é a impressão que eu tenho de vez em quando.

Aprender a lidar com as pessoas diferentes de mim é uma das tarefas mais difíceis. Eu, desde pequeno, fui 'líder'. Eu escolhia as coisas, eu imperava. Isso porque ninguém nunca teve a vontade de opinar. Até que eu cresci e conheci gente nova, que mandava, que ordenava. Foi aí que eu comecei a entrar no mar da confusão. O mar da confusão é simples: você, sem querer, percebe que todo mundo é diferente e que você é previsível demais para os outros, então você quer ser mais diferente ainda. Aí eu ganhei o apelido de Zé. Zé, o diferente.

Nessa fase da vida, eu descobri também o amor. O amor é aquele sentimento que a gente escuta nas músicas e vê nos seriados e, por isso, se sente totalmente preparado para ele. Ledo engano. Ele é um tiro certeiro. Se te pega no peito, te mata. Você muda totalmente a sua essência e aprende a ser do outro, para o outro, e não por você. Depois você descobre que fez tudo errado. O certo era ser pra você, não pra ninguém. Difícil, difícil.

Dizem que isso é crescer. É aprender o tempo todo, é compartilhar, é chorar na frente de todo mundo e gritar a sua vontade. O mundo é grandinho né?

Sobre o título do post, é uma sensação que ando tendo. Quando comecei a trabalhar, me disseram que o mundo corporativo era competitivo e humilhante. Quando eu namorei pela primeira vez, me disseram que o amor era triste, porque humilhava. Quando eu comecei a faculdade, me falaram que a minha carreira seria competitiva demais e humilhante. Ou seja... Não sobraram muitas coisas alegres por aí, né? Espero que me provem o contrário um dia.

Um comentário:

Tato disse...

Bem...olhando por um certo lado, esse é um "esporte solitário"...e solidão, no fundo tem algo a ver com amor...ou busca por um amor...ou desistir do amor...ou esperar pelo amor...em qual dessas perspectivas vc se encaixa?