4 de abr. de 2008

Suplicio


Você vai e eu fico. Assim, no duro, sem motivo. Nem chegou o frio, mas seu abraço já se faz necessário; eu me esquento, eu me deito, eu me lamento. Não quero que suma, só não me diga adeus. Olha pra mim e fala que volta, que me leva junto, que me toma embora. Jura que a gente vai ser um só, que nossas mãos vão continuar intactas, que nossos corpos são encaixes. Que nosso amor não é uma metáfora.

Eu não posso lhe pedir mais nada. Não, não agora. Eu só quero que fique, não na bancada, mas na batalha. Na batalha pelo meu amor. Por nós dois. Que nunca me abandone, que não suma com o vento, que não respire outros ares. Me prometa a aliança eterna, jura que só quer a minha pessoa. Me abandona. Me larga. Me deixa. Mas por favor, não vá embora.

Não porque eu lhe quero, somente. É você a essência, a mudança, a experiência. Você que precisa mudar, arejar, respirar. Eu só preciso me encontrar nos seus braços de novo, no final da tarde e no começo da noite. Sentados, sei lá, abraçados olhando as árvores. Volta, me enlouqueça de novo, me leva contigo para as horas vagas. É tudo o que eu preciso, é tudo o que quero ouvir agora.

Tenho medo, orgulho, paixão e gratidão. Sem você, talvez eu já não seria mais nada. Nem a poesia dá pra ser escrita, nem o coração vulnerável, nem o ciúme descontrolado, nem a cabeça agitada. Eu, pequeno, te quero pra sempre. E que venha a próxima jornada...

Um comentário:

Anônimo disse...

que blog é esse
que blog é esse
amei seu blog :)

vai no meu tambem oks/
crunchymemories.blogspot.com