26 de dez. de 2007

Retrospectiva

Eu realmente queria fazer algo do tipo aqui, mas eu não consigo me lembrar da roupa que vesti hoje o dia inteiro. Então começo uma retrospectiva rápida, por cima, do que foi 2007 pra mim.

Começa pelo trabalho, foi o primeiro ano em que trabalhei por inteiro, somando com dois de 2006, estagiário por um bom tempo, depois, no final, contratado. Descobri que o mundo dos adultos não é o que meu pai me transparecia, uma coisa enfadonha, chata, que se trabalha por sobrevivência. O iG se resume a poucas palavras: diversão, amizades, saudades, cansaço, ônibus, metrô, trem, projetos e descobertas. Até então, acho que a gente pode tirar algo de bom, de lazer, do local que trabalho. Por mais errado que isso pareça. Mas eu gosto de lá, mesmo.

No mundo dos poucos amigos que cercam Caio, digo que descobri novos, deixei alguns, conheci realmente outros e lutei por duas pessoas. Marina e Mary foram grandes conquistas, Ricardo foi, e sempre será, uma incógnita na minha vida que faz falta demais, Aline, Juliana e Francine são três pessoas que se tornaram queridas e necessárias, principalmente a primeira. Outros foram embora, parece que de vez, da minha vida. Fazem falta, mas, talvez, não merecem. Conheci gente nova, de um mundo novo, que pode ter me amedontrado, pode me recolher de vez em quando, mas que pode ser legal.

No mundo do dinheiro eu descobri que sou um tremendo sem limites. Eu não consigo ver minha conta com algum saldo, mas me dá desespero de vê-la no negativo. Eu nunca vou me livrar do cartão de crédito e eu fiz um celular pós-pago só para responder as mensagens de uma pessoa. Meu primeiro celular pós-pago. Cartões de lojas, C&A, Renner, outras lojas, outros cartões, dívidas que nunca acabam, o banco que adora me ligar para bater um papo e perguntarem 'por que o senhor não pagou a fatura deste mês do seu cartão?' e eu responder 'por que eu fui mandado embora' ou 'gastei tudo no enterro da tataravó, mês que vem me resolvo'.

No mundo do amor, complicado, parece que eu realmente vi o que é amar alguém. Criei meu próprio seriado norte-americano, deixei de chorar pelos personagens da televisão para chorar por mim, pelos meus problemas, minhas paixões, meus ciúmes, minhas criancisses, minhas bobeiras. Aprendi a respeitar, a amar demais, deixei me entregar, fechei os olhos e dei risada, dancei, cantei, pulei, chorei, briguei, briguei, briguei. Me machuquei, me orgulhei, pela primeira vez senti 'as borboletas no estômago', senti a força de um olhar, percebi como é o mundo quando se ama, descobri que os Beatles não mentiam quando cantavam "All You Need is Love", corri atrás, lutei por alguém, me decepcionei. Acho que foi um ano de descobertas, de querer, de primeiras vezes, de brincadeiras, de truco, de bebidas, de bobagens. E, na reta final, quando tudo parecia estar acabado, eis que volta, parece que diferente, mais gostoso, com uma risada na hora de ir embora tímida, interna e a percepção de 'é essa pessoa que eu quero pro resto da minha vida, valeu a pena'.

No resto do mundo, eu me re-descobri. Eu conversei mais, eu li mais, eu me informei mais. Eu deixei algumas bobeiras de lado, me mostraram que a internet não é o mundo ideal, que ela tem falhas, me disseram que nem todas as pessoas são honestas, sem segundas intenções, que elas querem te usar, mas existem algumas que valem a pena. Descobri grifes, perfumes, lugares novos, fui mais para a balada do que na minha vida inteira, comi mais comida diferente do que na minha vida inteira, conheci mais restaurantes do que minha vida inteira, provei hamburgueres deliciosos, tomei vinhos caros e deliciosos, experimentei comidas de três países diferentes. Enfim, foi um ano de novidades, de mudanças, de reorganização e de auto-avaliação intensa.

No meu mundinho fechado, Avril Lavigne lançou um novo álbum, ela até dança. Minha música preferida do final de ano é "I Can't Stop Loving You", do Van Halen. O que eu tô ouvindo agora é "Hot", da Avril Lavigne, o que ouvi o dia inteiro foi "Piece of Me", da Britney Spears e a música que mais ouvi no ano foi "Girlfriend", da Avril. Eu comprei muitos DVDs, descobri ótimas pomadas para cabelo, tingi meu cabelo pela primeira vez na vida, as espinhas não voltaram. Smallville se tornou uma merda, mas eu ainda sou apaixonado demais pelo Super-Homem e nunca vou jogar minhas HQs fora. Com o final de "The O.C.", Gossip Girl supriu o lugar de dramalhões e a Serena é a minha nova Marissa Cooper. Eu gostei de "Death Cab for Cutie" como nunca, eu me apaixonei por Edith Piaf só por ver o seu filme, e ouvi sua música por muito tempo. Minha nova atriz preferida é Audrey Hepburn e meu filme predileto é, provavelmente, "Closer" e "Kill Bill", apesar de que agora eu adoro de paixão "Bonequinha de Luxo". Pela primeira vez na vida comi Nutella e descobri que é uma das melhores coisas do mundo. Eu ganhei um Playstation 2 e fiquei viciado em God of War, agora não largo meu Guitar Hero de jeito algum. Eu assisti muitos filmes, eu gastei uma puta grana em cinema e pipoca. No meu quarto existem muitas coisas novas, minha casa toda está diferente. O amor por minha mãe simplesmente triplicou em outubro. Eu ainda amo pavê e bolo de cenoura. O meu aniversário de 20 anos é considerado, agora, o meu melhor aniversário. Eu consegui, entre dia 24 e 25, ver todo mundo que eu queria ver. Eu ganhei presentes maravilhosos.

Como eu acabo? Não digo que outro, mas aposto em uma diferença crucial. A vontade é de ligar para todo mundo e dizer quem é importante, deixar tudo certo, organizado, agradecer certas pessoas, escutar outras, aconselhar outras.

2007 foi o nosso ano.
Eu considero foda, único, sem possibilidades de se repetir. E para 2008 eu desejo tudo isso e mais, muito mais.

E "gimme gimme more, gimme more"...

Um beijo, bom 2008 para todo mundo.

7 comentários:

Anônimo disse...

esse ano tambem foi a primeira vez que eu comi nutella :O




só eu achei 2007 passável. sorte que pra você não foi :D

:*

Anônimo disse...

Iih, 2007 foi um ano doido e um pouco doído. Mas acho que, na verdade, não existe ano ruim... basta dançar conforme a música e tentar tirar uma lição até das experiências mais chatinhas.

Achei seu blog por aí e simpatizei com ele! :D
E feliz 2008 pra você!

Anônimo disse...

ooie :D

boom, eu adorei seu blog *-*
te achei no site da capricho, e pra falar a verdade eu nem vi direito a sua foto, como você era o único que tinha um blog e eu adoro ler opiniões vim pra cá e adorei mesmo!
que bom que 2007 foi bom pra você
e muita sorte pra ti em 2008 guri!

um beijo enorme ;*

Anônimo disse...

adorei o layout, ja disse? feliz ano cara ;)

Mariana Guerra disse...

Pelo menos uma vez na sua vida você descobriu a melhor coisa do mundo!
Poutz, pra quem não vive sem coca, como você conseguiu viver uns 20 anos sem nutela?

Sua retrospectiva foi a melhor!
Pelo que li, seu ano foi... incrível!
Comparado a todas as fútilidades minhas... (tirando isso que você falou de não conseguir ver saldo no cartão, sua cara de ontem na sauna/caixa eletrônico)

Que essas últimas 27 horas de 2007 sejam ótimas. E um ótimo 2008!

Anônimo disse...

Eu regularmente venho ler seus textos que acho tão bons, mas nunca comentei. por quê? não sei.

Adorei a sua retrospectiva, ótimo que você teve um ano bom, não somos próximos mas te admiro muito xD

Que 2008 seja ainda melhor!

francine costanti. disse...

não sei se eu choro, se eu escrevo alguma coisa, só sei que Caio deinitivamente veio pra ficar!