Ah, como era cheiroso o cabelo daquela menina. Bela e modesta, passava e deixava o cheiro amadeirado de moça nova em algum pedaço. Chegou e causou furor para as semelhantes, trouxe emoção para os opostos e um desejo absurdo de, oras, desejo!
Ela sabia que todos a queriam, que todas queriam um pouco de seu mel. Ela sempre soube, só que preferiu esconder.
Um dia ela foi embora e todos perceberam sua ausência logo no amanhecer, quando o Sol não trouxe o odor típico da menina nova, mas sim o amargo e fedido adeus.
Por cada janela aberta naquela manhã, um sorriso faltava no rosto de cada ser humano.
Era culpa de uma menina, cheirosa e bela, mulher demais para qualquer outro homem, que cresceu e abandonou àquilo que era presa e fora forçada a achar certo.
Mulher demais para qualquer mundo.
3 comentários:
Ai, que
Hey, texto muito bonito, viu??
Uma levesa, mas no final é meio triste.
Mas é da melancolia que é feita as melhores histórias..
:)
Beijos
Eu gosto muito do Caio escritor e da idéia que ele passa ser.
;*
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