25 de set. de 2007

Redito

Redizendo o passado com uma crônica fula e mal escrita, os trens passaram tão rápido que nem deixaram sua marca nos trilhos, gastos pelo tempo. Dentro, pessoas com as mais variadas faces olhando rosto a rosto aquela multidão encantadora, porém, desesperadora.

Um pouco mais acima, com olhares bem atentos para não perder algum momento, que passa despercebido por um ser não treinado, uma pequena vibração entre dois corpos deixou aquele instante mais bonito. E veio a risada e veio a vergonha e veio o medo. E do mesmo jeito que veio em dois segundos, se foi, em outros vinte. Anos.

Depois daquele momento belo e incerto, o trem virou o palco de pés que não cantam e dançam uma música, mas tramitaram por um espetáculo que foi impagável. Chamava-se vida.

E como foi dito, redigo, que veio em dois segundos e se foi em vinte. Com o mesmo sorriso, um tanto mais irônico e adulto, com mais experiência e menos ingênuo e dois novos brincos pendurados pelo corpo. Foi-se pelo espaço sideral junto com uma nave espacial, com um “quê” sonhador esperando realizar o seu desejo de menino.

"Enquanto for... um berço meu
Enquanto for... um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim"

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